Um dia não me vou lembrar

Um dia, daqui a um ano, daqui a dez, amanhã... mas um dia, não me vou lembrar de tanta coisa!

Um dia não me vou lembrar de como tens medo de aranhas, e dos ralos e luzes das piscinas (tu não sabes, mas eu também tenho um bocadinho!), mas pareces não ter medo de muito mais na vida.

Um dia não me vou lembrar de como já sabes decor várias histórias, as de que mais gostas, como as histórias do Óscar.

Um dia não me vou lembrar de como todas as noites cada um de nós partilha o melhor e o pior do seu dia - ou vou - pode ser que consigamos manter estra nossa tradição por muitos anos.

Um dia não me vou lembrar da primeira vez que quiseste tomar banho com o Duarte, e te juntaste a ele na banheira pequenina laranja, e ali ficaram os dois, tu com parvoíces, ele a delirar de alegria, e nós de amor!

Um dia não me vou lembrar de como há uns tempos não sabias dizer o teu nome correctamente, e dizias Mimão (que mais tarde passou a Timão, e hoje, do alto dos teus 3 anos quse 4, já dizes Simão como gente grande).

Um dia não me vou lembrar de como aos 3 anos (e meio) mudaste de escola, estranhaste o primeiro mês, mas depois foi sempre a conquistar e 3 meses depois tens vários amigos novos, de várias idades, vejo-te no recreio ao chegar, por vezes alegremente a brincar sozinho, por vezes no meio de todas as tuas "primas", que já te adoptaram.

Um dia não me vou lembrar de como adoras vir "ajudar" na cozinha, puxas a minha cadeira cor-de-rosa, e ali ficas, sempre ao meu lado, mexendo tachos, partindo os ovos, cortando cascas, o que fôr, com uma destreza que me deixa orgulhosa.

Um dia não me vou lembrar de como adoras espinafres com feijão, detestas quase todas as frutas (excepção para abacates, maracujás e côco).

Mas...
...Um dia não me vou esquecer, do teu cheiro, de como nos respondes sempre "eu também", quando te dizemos o quanto gostamos de ti, do teu sorriso, e de como o coração parece querer sair do peito, quando nos perdemos nestes teus detalhes, tão teus, tão nosso e do mundo...

Começos, recomeços e mudanças em geral

Sou uma sortuda. Tenho o privilégio de ter nascido e crescido num país com boas condições, e numa família perfeita(mente imperfeita!). Tive a sorte de a minha família ter um pequeno negócio e fui desafiada a "pegar nas coisas", a par com o meu pai, e a minha mãe no backgroud, mas que não pode nem deve ser subestimada. Nunca imaginei, em miúda, que um dia iria trabalhar com o meu pai, mas foi mesmo o que aconteceu. Dentro de dias deixo de ser trabalhadora por conta de outrem. Passo a trabalhar para mim, para nós. Vou ganhar tanto mais, não em dinheiro (aí prevejo que não seja um grande aumento), mas em qualidade de vida, em TEMPO, e em flexibilidade do meu tempo. Um luxo a que poucos têm acesso, principalmente sem grandes riscos, porque o negócio já está "a andar".

Agora, ainda em casa, de licença parental alargada, o que tem sido outro privilégio, já consigo prever a qualidade de vida que vou passar a ter, eu e os miúdos (todos ao parque todos os dias!)!

O meu tempo vai dar para fazer um bom trabalho (espero!), e para me dedicar a alguns projetos que vou inventando e arrumando nas minhas prateleiras mentais! E se elas estão cheias! Muita coisa, algumas a ganhar pó, outras felizmente nunca verão a luz do dia (há por lá muito lixo também!). Quero escrever mais, também. Gosto de escrever, preciso de me ler, de preservar memórias para que um dia os meus filhos possam conhecer melhor a mãe que têm hoje, que será certamente diferente da mãe que terão daqui a um ano, e ainda mais daqui a vinte! Para que eu me re-descubra e me surpreenda no futuro com o que me vai na cabeça hoje. Sempre fui muito nostálgica, e esta forma é ótima para pessoas como eu! Também quero ler mais, até para poder escrever mais e melhor! Sim, porque ler a Time-Out semanalmente e a Pais e Filhos acho que não é suficiente 😄.

É com pena que "abandono" os meus actuais colegas. Depois de 9 meses de ausência, estou certa que eles não darão pela minha falta. Já eu... preciso de pessoas, sou uma pessoa de conversas, divagações e muita conversa sem nexo, só porque sim, só para praticar o discurso, e dizer maluqueiras! E tenho bons colegas, vou fazer por os manter debaixo da asa, com almoços de vez em quando... não me abandonam assim de ânimo leve. 

Felizmente, na nossa área de negócio, vou continuar a lidar com pessoas diáriamente, para o bem e para o mal. Quero tirar o máximo de proveito do tempo que sobra para também interagir ao máximo com quem me cruzo no dia-a-dia, eu e os miúdos. Já sou grande amiga da malta do quiosque do meu bairro, dos senhores da mercearia, dos senhores do mercado... A vida que importa, no fundo! Bem melhor do que contar carros na segunda circular às 8:10 da manhã! "Méééé", saí do rebanho! 😁

Novidades das boas

Estou aqui a falhar como as notas de 500€!
Tenho as férias de campismo para publicar (com peripécias e tudo 😝), e mais um monte de coisas giras que temos feito.

Mas mesmo com tudo em atraso, não podia deixar de registar os últimos desenvolvimentos do Simão na luta com as hormonas. Finalmente, após meses de médicos exames e nenhumas certezas, parece que foi aprovado o tratamento com hormona de crescimento! Ia largando umas lagriminhas quando soube.
🎊🎉🎆🎇🎆🎉🎊
Mais notícias em breve, assim que conseguir pôr a escrita em dia.

Camping trip - parte 1

Este ano as férias são mais económicas e são um tradição de família 😀. Acampar! Há quem adore, há quem odeie, nós somos do primeiro grupo!
No ano passado como ele ainda era muito pequeno não acampamos, mas agora, com ano e meio resolvemos arriscar.
A logística, nada fácil, mas para mim, super divertido 😁. Colchões, lençóis, loiça, mesa, cesta com tudo para os pequenos almoços e una ou outra refeição que façamos pelo parque. Yayyy preço uma criança na loja de doces com os preparativos.
E depois tudo vale a pena, quando escolhemos parques mesmo fixes!

Vamos fazer circuito pela costa, sem dias fixos. Este primeiro parque é bom, ficamos 2 ou 3 noites, vemos as praias aqui da zona, sem repetir nenhuma, e depois mudamos de parque!  awesome 😊

Bem vindo, mês de Agosto

Almoçamos bem (eu legumes e um ovo, eles carne no bbq), com família, e um vinho, bom, dois. Agora, o miúdo dorme, no fresco do quarto, e nós os dois aproveitamos o calor da tarde, sem vento nem brisas, para uma sesta no quintal. À sombra, a ver o nosso pedacinho de terreno, agora com um tanque para estes dias bons, pés no cadeirão, apesar de um gigante cocó de pássaro num deles (tinha de descansar!) e de ter uma das tochas tortas. São minutos impagáveis da vida que passa a correr.

(tudo muito lindo, mas tarda nada tenho é de ir ao supermercado abastecer para a semana...  Real life slapping!)

Acho que há uma vegetariana dentro de mim...

Há uns anos que vou protelando tomar esta decisão, mas um dia ia ter de enfrentar o boi pelos cornos, não literalmente 😝.
Sempre adorei comer, petiscar, beber... Ingerir calorias, em geral. Mas desde miúda que conheço vegetarianos e sempre fui, sem aprofundar muito, procurando saber as razões de quem toma esta opção. Sempre tive uma voz interior que me dizia que comer animais, principalmente massivamente como comemos, não era boa ideia. Há uns meses cometi o erro (talvez dos melhores que fiz na vida) de gastar uns minutos da minha vida a investigar melhor esta questão do consumo de animais, e bolas, pá,  que grande burra que me sinto por não ter consciência da dimensão do problema! Por não ter querido saber e propositadamente ignorar o que sentia ser tão pouco sensato... Que estupidez, termos tanta informação à mão e não a utilizarmos, e pior, seguirmos alegremente assobiando para o lado como se não fosse nada connosco! Mas é... Pelo menos comigo é!

É tão fácil perceber (na verdade, com tantos estudos credíveis, é mesmo só ler... A papinha está toda feita), como é insustentável para o planeta as quantidades astronómicas que criamos e consumimos de animais (e desperdiçamos, que é o que dói ainda mais!). Além da insustentabilidade, vem o lado mais humano, afinal qualquer pessoa normal (leia-se sem distúrbios mentais ou com qualquer coisa de psicopata) não gosta de ver imagens das condições a que os animais são sujeitas, nem comeria animais se tivesse de os matar, certo?!? Parece tão simples, não sei como a sociedade ainda não levou está chapada da realidade, anda tudo adormecido! Deve ser das toxinas da carne!! 😀

Não virei vegetariana, pelo menos para já, em que sinto muita dificuldade em fazer 100% das refeições vegetarianas, principalmente se forem fora de casa em locais não decididos por mim. Mas tomei a decisão de evitar o mais possível comer animais, e em caso de ter de ser, opto por um prato que tenha o mínimo possível. Se um dia me apetecer muito muito um hambúrguer, que é o meu eterno ponto fraco, não havendo uma opção veggie, não me sentirei culpada (espero). Mas, agora, e sem muito esforço, acho que já faço menos de 4 refeições por semana não vegetarianas. Sem fundamentalismos, mas com a consciência de que as nossas decisões pessoais de facto contribuem para um mundo melhor. Tal como muitas gotas de água fazem um oceano.

(ATENÇÃO - absolutamente sem fundamentalismos! Mas era bom que houvesse mais conhecimento e awareness - traduzindo: despertados para?? - acerca deste tema. No que puder, vou fazer por isso, sem aborrecer ninguém,  espero 🙏)

Pfeww

Parece que para já não há qualquer indício de hipocondroplasia. Poderemos reavaliar dentro de um ano, se se achar necessário, porque as "marcas" típicas no esqueleto seriam mais evidentes em caso de haver mesmo hipocondroplasia.  De qualquer das formas estou bastante descansada, a médica diz que mesmo nesta idade muito provavelmente já se daria bem por isso.
Assim sendo ficamos com o défice de hormona de crescimento, para já. Exames e consultas, já nos próximos dias, não percam 😀.